Por segundos parece que a mente apagou tudo: do que íamos pegar na geladeira à resposta da prova.  O problema não está na memória, mas na falta de atenção.
O lobo frontal, responsável pela atenção e memórias transitórias, tem capacidade limitada de armazenamento. Só fica ali o que a atenção selecionou. O que passou batido será apagado logo em seguida caso não cheguem novas pistas relacionadas.

É um mecanismo essencial na ativação das memórias de curto prazo e operacional, que armazenam temporariamente dados necessários para o cérebro comandar ações rápidas, como digitar no celular um número que logo vai ser esquecido

explica Tarso Adoni, médico do Núcleo de Neurociências do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

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Através dos sentidos, uma infinidade de informações é encaminhada ao cérebro. Antes de ser armazenada, qualquer coisa nova deve passar pelo filtro da atenção que seleciona o que entra.

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O espaço é limitado, por isso existem dois níveis de armazenamento no cérebro: a memória permanente (no hipocampo) e as memórias de curta duração e de trabalho (no lobo frontal).

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Como não conseguimos prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo, o que fica de fora não será armazenado no hipocampo. O branco nascei aí, das informações descartadas.

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As informações de curto prazo mais importantes são enviadas do lobo frontal ai hipocampo, onde são guardadas e podem ser acessadas sempre que necessário.

Vale lembrar que esse tipo de apagão é diferente dos causados pelo álcool, que afeta memórias consolidadas, ou pela ansiedade onde o cérebro entende o nervosismo como ameaça e a concentração vai toda para o combate. Se os ‘’brancos’’ afetarem a qualidade de vida, melhor procurar um médico.

FONTE: Revista Galileu