Forragens malconservadas oferecem riscos ao rebanho

Nos sistemas de produção de bovinos de corte, é indispensável o uso da suplementação alimentar como alternativa à baixa qualidade e disponibilidade das pastagens em períodos específicos do ano, sendo a utilização de feno ou silagem as estratégias mais eficazes para esse fim. A ensilagem e a fenação são métodos tradicionais de conservação de gramíneas e leguminosas que resultam em silagens e fenos de composição o mais similar possível à planta original. Além desses materiais, outros como resíduos de cultivos agrícolas ou palhadas também podem ser conservados por esses métodos. Assim, esses suplementos volumosos são utilizados para evitar a redução na produtividade em períodos de escassez de pasto, na garantia da estabilidade do sistema, sem a necessidade de redução da lotação animal ou, ainda, para intensificar a produção, pelo aumento de carga ou maior desempenho individual. No entanto, o produtor, ao escolher esses tipos de suplementação para seu rebanho, deve se ater a cuidados nos processos de elaboração e conservação para não propiciar uma contaminação por micro-organismos ou deterioração física do alimento conservado, pois essas conduzem a uma perda do potencial nutricional da forragem e até mesmo às patologias nos animais que a consumirem.

A capacidade de preservação de forrageiras se dá pelos seguintes processos: quando se trata de fenação, ocorre devido à desidratação, não permitindo o desenvolvimento de micro-organismos e fermentações indesejáveis; e, referindo-se à silagem, a microbiota aeróbia presente na planta é praticamente eliminada na ausência de oxigênio, permitindo o crescimento de bactérias anaeróbias, as quais fermentam os açúcares, transformando-os em ácidos, baixando o pH rapidamente, impedindo a proliferação de bactérias indesejáveis “butíricas” (Clostridium) e, assim, conservam a forrageira e seus nutrientes.

Fonte: Revista AG

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