Mês do Médico-Veterinário: o estudo e o apoio familiar são essenciais para a formação

Sempre que perguntam a uma criança o que ela quer ser quando crescer, as respostas se repetem: “veterinário”, “cuidador dos animais”, “ser mãe dos bichos” e por aí vai…

Com o professor, médico-veterinário e diretor presidente da Faculdade Qualittas, Francis Flosi não foi diferente. O seu interesse pela Medicina Veterinária surgiu enquanto brincava com King, o seu cão SRD. “Acredito que a aptidão ou o dom de ser médico-veterinário nascia ali”, diz ele.

No entanto, a sua trajetória foi marcada com alguns impasses. Filho de professores e com poucos recursos financeiros, Francis Flosi viu como sua única oportunidade a faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. “Eu estudei na década de 70. Faculdade era só pública e no Estado de São Paulo existiam apenas três universidades. Isto virou um problema que foi resolvido de uma única maneira: estudar, estudar e estudar para entrar na universidade pública mais próxima de casa”, relata o diretor. Com muito esforço, dedicação aos estudos e o apoio de sua família, Francis Flosi se formou em 1976.

Sobre a profissão que exerce há quatro décadas, o professor Francis Flosi comenta: “já estou no mercado de trabalho há mais de 40 anos, sendo 27 como clínico-cirurgião e 17 como educador”.

“Descobri que a vida é uma eterna escola. Durante esses anos, eu aprendi com os meus mestres, pacientes, clientes e, agora, com os meus alunos, ex-alunos e meus colaboradores, que estão comigo na saga de promover a educação continuada aos futuros e atuais médicos-veterinários desta década”, reflete.

Fernanda Martins, que é médica-veterinária e coordenadora pedagógica da Faculdade Qualittas, conta que só decidiu, de fato, estudar a Medicina Veterinária com os seus 17 anos. Porém seu instinto de cuidados com os animais surgiu antes. “Acho que, involuntariamente, já tinha algo que me levava a essa profissão quando pegava os animais na rua e os levavam para casa para cuidar”, relembra a médica-veterinária.

Formada há 25 anos, Fernanda recorda que, naquela época, a mulher não era bem-vinda na área de grandes animais. “Na época em que fiz faculdade, em meados dos anos 90, existia certo preconceito com mulheres veterinárias que preferissem tratar de grandes animais, o que era a minha intenção na época: seguir na área de grandes animais. Foi durante o meu estágio supervisionado em uma fazenda de gado leiteiro que eu pude perceber o quanto a mulher era discriminada”, conta. Depois desse episódio, Fernanda migrou para as áreas de pequenos animais e silvestres, e permaneceu assim depois de formada.

Entretanto, a médica-veterinária afirma que a sua maior dificuldade em sua formação era a financeira. De uma família humilde, o pai de Fernanda prezava para que seus filhos tivessem uma profissão e independência financeira para construir suas vidas. “Aproveitei o grande esforço de meus pais e me dediquei durante todo o meu curso. Com boas notas, eu consegui uma bolsa de estudos parcial, na qual ajudou a diminuir um pouco as contas. Também naquela época, pude contribuir financeiramente nas despesas de moradia com os trabalhos que fazia por fora em minha máquina de datilografia”, conta a coordenadora.

Mesmo através dos obstáculos que a formação proporciona a todos, Fernanda acredita que “no meio da dificuldade, encontraremos sempre uma oportunidade”. Ela ainda cita o que Albert Einstein dizia: “Dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade”.

“Pois o mais importante não é se formar em um Médico-Veterinário, mas sim, tornar-se um Médico-Veterinário” – Fernanda Martins.

A equipe da Faculdade Qualittas deseja os parabéns a todos os profissionais da Medicina Veterinária e que tenham a determinação em dar continuidade à prática dessa profissão da melhor maneira possível.

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