A sanção da lei que proíbe a soltura de fogos de artifício que façam barulho em espaços públicos ou privados em Campinas/SP foi comemorada, principalmente, por médicos-veterinários e tutores que tiveram que passar a última virada do ano acalmando os cães ou deixaram de viajar e festejar para estar ao lado deles neste momento. A lei, sancionada no dia 02 de janeiro de 2017 pelo prefeito da cidade, Jonas Donizette, tem como objetivo não só beneficiar os animais de estimação, como também os idosos, crianças e pessoas doentes, que sofrem mais com barulhos deste gênero.

Em Campinas, de acordo com a médica-veterinária do Instituto Qualittas, Anna Paula Rosa, dois casos mereceram atenção nesta virada do ano. Um deles foi o de uma Pit bull fêmea que se machucou gravemente durante a queima de fogos. “No desespero, ela tentou sair por uma porta de vidro da casa e acabou quebrando o vidro e ferindo uma das patas. Com isso, precisou passar diversas cirurgias, mas passa bem”, conta.

O segundo caso foi o de um cão que sofre de problemas cardíacos e, mesmo não estando sozinho no momento da queima dos fogos de artifício, ficou muito nervoso e teve uma descompensação cardíaca. “Ele precisou ser levado às pressas ao pronto socorro, onde foi internado e segue até agora em observação”, afirma Anna Paula Rosa.

Com a medida, espera-se que casos como esses descritos pela médica-veterinária sejam evitados. Para isso, o poder executivo tem o prazo máximo de 60 dias a contar da data da publicação para regulamentação da lei e ficará a cargo da Prefeitura a fiscalização. No entanto, a multa prevista inicialmente no projeto, de R$ 620,12, foi vetada pelo poder executivo, que espera que todos fiquem atentos e ajudem a denunciar em casos de descumprimento.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)