Diretor da Faculdade Qualittas destaca algumas dicas para evitar essa zoonose

As temperaturas mais elevadas são a época do ano mais propícia para várias doenças transmitidas por insetos que podem transmitir doenças graves para os animais e também para os humanos. Este é o caso da leishmaniose, uma infecção parasitária que, se não for controlada, pode se tonar um sério problema para a saúde pública.

Para explicar sobre a doença e destacar dicas para controle dessa zoonose, o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi, concedeu entrevista à TV Câmara.

“A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas (protozoário Leishmania) que invadem nossa pele e se reproduzem dentro das células as quais fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada. Sendo assim uma importante doença de impacto na saúde pública e na saúde animal”, explica o especialista.

Segundo Flosi, esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. “A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de mais de um ano até o aparecimento dos sintomas”, detalhe Flosi.

Como é a transmissão

De acordo com o médico-veterinário, sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue, e, que, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui.

“Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas”.

Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, principalmente em cães domésticos, que são hospedeiros.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta.

“Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço”, diz Flosi.

Principais sintomas em cães

Além de saber o que é leishmaniose canina, é muito importante ficar por dentro das formas como ela pode se manifestar. A doença pode ter diferentes apresentações clínicas, desde formas assintomáticas até outras mais graves, que podem ser fatais. Os principais sintomas da leishmaniose em cães são:

Emagrecimento;

Lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas);

Crescimento exacerbado das unhas;

Perda de apetite;

Febre.

Prevenção e tratamento

A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, trilhas ou pescarias. “Não deixar acumular lixo, monte de folhas, frutas caídas, restos de material de construção ou qualquer tipo de entulho nos quintais ou nas ruas”, destaca.

“No animal é recomendado banhos periódicos com xampus próprios e colocação de coleiras repelentes de mosquitos, procure seu médico-veterinário para correta orientação. A qualquer sinal ou sintoma você deve procurar pelo serviço médico relatando as condições do ocorrido. Prevenção esta é a palavra de ordem, pois prevenir ainda é o melhor remédio”, finaliza.

Para assistir a entrevista na íntegra, acesse o link:

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