A quantidade de brasileiros no comando de companhias globais nunca foi tão alta quanto agora e a tendência é crescer ainda mais. Isso porque profissionais brasileiros têm características muito valorizadas pelas grandes empresas nacionais e estrangeiras, sobretudo as multinacionais.
Mas o que torna os executivos brasileiros tão disputados pelas multinacionais? Confira abaixo quais são as qualidades mais valorizadas:
1. Habilidade de gestão com restrição de recursos e instabilidade
Com o histórico de instabilidade econômica e política do Brasil, os executivos na faixa dos 45 anos “já viram de tudo”. Quem começou a carreira há 30 anos enfrentou a hiperinflação e cenário de liquidez restrita, entre outros muitos desafios próprios das décadas de 1980 e 1990. Executivos que viveram profissionalmente esta época se acostumaram a seguir o lema: “fazer mais com menos”.
Inovação e criatividade são qualidades que despontam em quem consegue trazer resultados mesmo em cenários adversos. E as multinacionais reconhecem esse talento e a necessidade de profissionais com esta bagagem.
2. Capacidade de lidar com gap educacional da equipe
As empresas brasileiras tentam suprir deficiências de seus funcionários – no que diz respeito à qualificação técnica – com a oferta de treinamentos e cursos. O gap educacional é um problema que afeta companhias instaladas no Brasil, há tempos, por isso os executivos já estão preparados para lidar com isso.
Ao chegar no exterior e trabalhar com equipes altamente especializadas, a evolução é natural.
3. Trabalho em cenários multiculturais
A heterogeneidade da população brasileira é fato. Diferenças culturais são uma constante nas empresas brasileiras e não assustam mais os chefes. O aprendizado a que o executivo está exposto no Brasil não se repete em outras localidades.
Países como Noruega, Suécia são muito homogêneos e não incitam este tipo de oficina. No Brasil o executivo precisa ser um camaleão para extrair informações e desenvolver a equipe.
4. Saber operar em áreas territoriais extensas
País de dimensões continentais, o Brasil só perde, em tamanho, para Rússia, Canadá China e Estados Unidos. Aliada ao enorme território a carência de infraestrutura dá contornos ainda mais desafiadores às operações das empresas por aqui.
Os brasileiros são criativos e estão acostumados a trabalhar com pouco.