Você Sabia? Edição 7

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Por Cláudio Costa

As mudanças político – econômicas ocorridas no mundo nos últimos anos determinaram ajustes em todos os setores da sociedade brasileira. A produção de leite está cada vez mais competitiva, portanto, é importante buscar ganhos efetivos na quantidade e qualidade do leite produzido.

A questão da melhoria da qualidade do leite é de fundamental importância neste momento de transformação. Santos e Fonseca (2007) afirmam que não pode participar do mercado global sem que a matéria-prima tenha qualidade compatível com as exigências dos países consumidores, e nem competir com produtos com rendimento industrial superior.

Cada vez mais se torna importante produzir leite com qualidade. A higiene do animal, do ordenhador e das instalações são ações necessárias para atingir este objetivo. Para uma correta higienização, os vaqueiros devem limpar e desinfetar as instalações e utensílios utilizados, lavar as mãos antes da ordenha, além de no momento da ordenha fazer os testes de mastite e a desinfecção das tetas do animal, secá-las com papel toalha e, após a ordenha, desinfetar novamente as tetas. Outra ação importante trata da conservação do leite ordenhado em baixas temperaturas.

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A mudança na composição do leite, segundo Santos e Fonseca (2007), pode alterar significativamente o seu valor como matéria – prima para a fabricação de derivados. Para exemplificar, a diminuição de 0,5% de sólidos totais ou 0,1% de proteínas pode significar a perda de até 5 toneladas de leite em pó ou 1 tonelada de queijo, para cada milhão de litros de leite processados. Os fatores que podem interferir na produção e composição do leite são a raça, estágio de lactação, herança genética, porção e intervalo entre as ordenhas, estação do ano, saúde da vaca e mastite.

A aplicação de Boas Práticas de Produção (BPP) na bovinocultura de leite, segundo Valin et al. (2009), apresentou-se como alternativa para minimizar os riscos de contaminação nas diferentes etapas do processo de produção. Esses procedimentos são capazes de reduzir a contaminação microbiana e/ ou física do leite. As BPP fundamentam-se na exclusão, remoção, eliminação, inibição da multiplicação de microrganismos indesejáveis e/ou corpos estranhos e devem ser implantadas em toda cadeia produtiva.

Segundo Souza et al. (2005), os principais fatores de riscos para a alta de Contagem de Células Somáticas (CCS) são a não realização de antissepsia antes e depois da ordenha, a não utilização de linha de ordenha, o fornecimento de alimentação durante a mesma e a capacitação inadequada de ordenhadores

É possível melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil, porém as melhorias passam por mudanças culturais e principalmente, via educação. Deve-se lembrar de que os avanços na melhoria da qualidade do leite beneficiam produtores, indústria, consumidores e principalmente, o País.

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Referências-

  1. Manual de Bovinocultura de leite / Alexander Machado et al. Brasília: LK Editora; SENAR-AR/MG; Juiz de Fora: EMBRAPA Gado de Leite, 2010. 608 p.
  2. Santos, Marcos Veiga; Fonseca, Luis Fernando Laranja. Estratégias para controle de mastite e melhoria na qualidade do leite. Barueri: Ed. Manole, 2007. 314 p.
  3. SENAR. Como produzir leite de alta qualidade. João Walter Durr: Brasília: SENAR, 2005.

 

 

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