Testes genéticos para cães podem ajudar a identificar doenças e possibilitar cuidados preventivos

Os resultados de um grande estudo mostram que testes genéticos podem prever se um cão está em risco de desenvolver certas doenças. O estudo “Frequência e distribuição de 152 variantes de doenças genéticas em mais de 100.000 cães de raça mista e raça pura”, publicado na revista PLOS Genetics, foi conduzido pela Wisdom Health e pela Genoscoper Laboratories, unidades de negócio e pesquisa, respectivamente, da Mars Petcare. Essa pesquisa, feita por diversos cientistas da Europa e da América do Norte, é a primeira a mostrar as doenças genéticas que os cães sem raça definida têm maior probabilidade de desenvolverem. O estudo mostra, também, que poucos cães de raças mistas, comparadas aos de raças puras, são afetados por doenças mais comuns, causadas por mutações testadas no estudo. Conhecer a composição genética relacionada à doença de um cão pode permitir que os proprietários, criadores e médicos-veterinários tomem decisões mais informadas sobre a saúde de um cão.

“Há uma percepção antiga de que os cães de raças mistas são menos propensos a doenças do que os cães de raça pura. Esta evidência baseada em testes de DNA mostra que enquanto os cães de raças mistas são de fato menos propensos do que puros a desenvolverem as desordens recessivas avaliadas no estudo, eles ainda podem ser portadores. É importante notar que agora todos os cães podem se beneficiar de testes genéticos” disse a médica-veterinária Cindy Cole, Gerente Geral da Wisdom Health. “É um incentivo que novas ferramentas de diagnóstico estejam agora disponíveis para veterinários, criadores e proprietários para permitir que tomem decisões mais informadas sobre o cuidado geral dos cães”.

O teste é fundamental para entender se um cão corre o risco de desenvolver uma doença genética. Com base nas 152 doenças testadas:

  • Aproximadamente dois em cada 100 cães de raças mistas correm o risco de se tornarem afetados. E de 40 em cada 100 são portadores de pelo menos uma das doenças;
  • Aproximadamente cinco em cada 100 cães de raça pura correm o risco de se tornarem afetados. E de 28 em cada 100 são portadores de pelo menos uma das doenças.

A pesquisa também mostrou que através de práticas de criação saudáveis, que frequentemente incluem testes genéticos, algumas doenças parecem ter sido erradicadas dos grupos de reprodução. Com o gerenciamento proativo de doenças hereditárias através do uso de testes de DNA e decisões sustentáveis ​​de reprodução, criadores e veterinários podem trabalhar para diminuir a incidência de doenças genéticas em cães. Por exemplo, a Imunodeficiência Combinada Grave ligada ao cromossomo X (XSCID), uma mutação originalmente encontrada em Basset Hounds, parece ter sido erradicada.

“Para os tutores, a compreensão de quais doenças genéticas os seus cães estão em risco podem ajudá-los para que seus médicos-veterinários desenvolvam um programa personalizado de cuidado e bem-estar aos cães”, disse Jonas Donner, PhD, diretor científico da Genoscoper. “Amplamente, para os veterinários que entenderem quais transtornos são comuns em toda a população canina, é uma informação extremamente valiosa para o futuro dos cuidados médicos proativos. O uso de ferramentas genéticas para melhorar o monitoramento e a erradicação de doenças em diferentes populações pode, ao longo do tempo, ter um efeito positivo em cães de raças puras e mestiças”.

Sobre o estudo

O estudo examinou o DNA de mais de 100.000 cães: 18.000 eram puros e com 330 tipos de raça, e 83.000 cães sem raça definida foram testados para a presença de 152 mutações genéticas de doenças.

Algumas das mutações genéticas de doenças testadas incluem:

  • Atrofia progressiva da retina em múltiplas formas;
  • Hiperuricosúria;
  • Anomalia do olho do Collie (CEA);
  • Sensibilidade a múltiplas drogas (MDR1);
  • Doença de von Willebrand em múltiplas formas.

E os três sistemas corporais mais comumente afetados em ambas as populações de cães do estudo foram:

  • Visão
  • Nervoso
  • Circulatório

O estudo mostrou que o teste é importante para ajudar o proprietário saber se seu cão corre risco de uma das doenças genéticas testadas, como o colapso induzido pelo exercício (um distúrbio neuromuscular), e consultar um médico-veterinário sobre um plano de tratamento preventivo dessas doenças.

Fonte: Waltham

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