Pesquisa descobre os benefícios da equitação com crianças autistas

O vínculo que os humanos têm com os animais de estimação é inegavelmente forte, tão forte que podem ajudar a terem uma vida melhor, aproximando-os de outras pessoas. E a ciência está aí para provar isso. É por isso que a pesquisa que a Waltham e o Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver (NICHD), dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, têm financiado para avançar a compreensão da interação entre o homem e o animal nos últimos 10 anos. Um dos estudos recentes, liderado por pesquisadores da University of Colorado Anschutz Medical Campus, é o primeiro a mostrar que os efeitos positivos da equitação terapêutica em crianças com autismo são, também, duradouros.

O estudo inicial, que começou em 2015, foi baseado em um programa de 10 semanas de equitação com 127 crianças autistas de 6 a 16 anos. Ao final do programa, essas crianças tinham suas habilidades sociais consideravelmente melhores, tornaram-se mais comunicativas, menos irritáveis e hiperativas do que aquelas que simplesmente visitaram o centro de equitação para aprender sobre os animais, mas que não interagiram com eles.

O estudo de acompanhamento, publicado em 2018, descobriu que 44% das crianças, nas quais participaram do estudo inicial, continuaram tão expressivas e comunicativas como estavam logo após o programa de equitação. Eles também mantiveram o nível mais baixo de irritabilidade, mas não de hiperatividade, quando comparados com as outras crianças do centro de aprendizado.
Este é um passo instigante para uma compreensão melhor do relacionamento entre os seres humanos e os animais de estimação, e como a qualidade dessa relação pode afetar o bem-estar emocional, especialmente no caso de crianças pequenas que possuem distúrbios como o autismo.

“A maioria dos tutores sabem muito bem que o ‘fator de bem-estar’ está associado aos animais de estimação em suas vidas. O importante é que há também um aumento de evidências científicas mensuráveis ​​que estão mostrando os benefícios emocionais, sociais e psicológicos da interação com animais” diz Darren Logan, chefe de pesquisa da Waltham.

Por certo, mais pesquisas são necessárias para entender os mecanismos fisiológicos por trás desses efeitos positivos e duradouros da terapia de equitação.

Alguns pesquisadores atribuem esses efeitos benéficos ao fato de que, assim como as crianças com autismo, os cavalos preferem rotinas familiares. “Os cavalos são conhecidos por preferirem a mesma rotina, a mesma barraca, o mesmo caminho ou rota, e os mesmos hábitos, semelhantes às crianças com autismo”, escreveu L. Eugene Arnold, pesquisador da Ohio State University, em um editorial no Jornal da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente sobre o estudo de 2015. E o pesquisador ainda destaca que os “cavalos se contentam em ser guiados pela comunicação não verbal, contudo são receptivos de instrução verbal, o que permite as crianças experimentarem e praticarem o poder da comunicação, bem como controlar uma força muito mais forte do que elas, conforme os seus treinamentos”.

Fonte: Waltham

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