Perigo à mesa

A aparência é repulsiva e o forte mau cheiro causa enjoo instantâneo. Algumas peças de carne estão corroídas por vermes e outras, de tão podres, impressionam até os fiscais mais experientes. Nem mesmo as baixas temperaturas das câmaras refrigeradas são capazes de impedir que o odor do material em putrefação se alastre. Apesar de repugnantes, esses produtos podem acabar na mesa dos brasileiros. Todos os anos, toneladas de carne clandestina, muitas vezes imprópria para o consumo, chegam a restaurantes, mercados, açougues e feiras.
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A venda de carne clandestina representa um prejuízo aos cofres públicos, já que os produtos são comercializados sem nenhuma tributação. Mas essa prática é, sobretudo, um grande risco à saúde pública. Alguns consumidores ignoram a procedência suspeita da carne e compram sem conhecer a sua origem e os seus perigos. Mas há compradores que sabem da irregularidade e, mesmo assim, insistem em adquirir carne clandestina porque os preços são mais baixos do que os da vendida nos açougues legalizados.

Na maioria das vezes, os produtos irregulares chegam ao mercado depois de abates realizados em desacordo com as normas sanitárias. Bois e porcos são mortos em locais insalubres e os funcionários dos abatedouros clandestinos manuseiam as carcaças sem seguir nenhuma regra de higiene, como a lavagem dos utensílios. Pela legislação, todos os locais de abate devem ser fiscalizados por veterinários, que verificam o estado de saúde dos animais para evitar que carne contaminada seja vendida aos consumidores. Sem esse controle, os riscos para o comprador dos produtos se multiplicam.

 

SELO

Para fazer o abate e vender produtos como carne, além de queijo e outros materiais de origem animal, o comerciante precisa do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Esse registro é o atestado de qualidade dos produtos de origem animal. Se a mercadoria for vendida na mesma unidade da Federação em que houve o abate, basta o Selo de Inspeção Estadual ou Distrital, no caso do DF. Esse registro, no entanto, não autoriza o trânsito entre diferentes unidades da Federação. Uma peça de carne com selo de Goiás, por exemplo, não pode entrar no Distrito Federal.

Existem, portanto, dois tipos de carnes irregulares na mira da fiscalização. As equipes apreendem o material sem nenhuma certificação de origem e também levam para os depósitos os produtos com registros de outros estados, mas que não apresentam o SIF. A carne de abatedouros clandestinos vai direto para a incineração e o material que tem certificado de origem de outros estados segue para os laboratórios do governo. Se os produtos tiverem condições de consumo, são doados a instituições de caridade cadastradas pelo GDF.

 

Como controlar

Os consumidores devem observar se os produtos de origem animal têm o selo do Serviço de Inspeção Federal ou do Serviço de Inspeção Distrital. Além disso, é preciso verificar as condições de higiene do estabelecimento e se os manipuladores usam uniformes limpos.

 

Cuidado

O consumo de carne clandestina, sem registro de procedência, pode causar problemas de saúde, como intoxicação alimentar, além de doenças como a cisticercose, brucelose, TUBERCULOSE e raiva. Essas infecções podem levar à morte dos pacientes infectados.

Fonte: Sindal

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