Com origem na região amazônica, a lenda conta que um boto cor-de-rosa sai dos rios amazônicos durante a noite e com um poder especial, se transforma em um lindo homem. Alto e forte, ele sempre se veste com roupa social branca e usa um chapéu para esconder o buraco que todos os botos têm no alto da cabeça para respirar. O rapaz-boto vai aos bailes e curte a noite se aproximando das jovens desacompanhadas. Com seu jeito galanteador, acaba seduzindo as moças e as leva para um passeio no fundo do rio. É lá que costuma engravidá-las. Na manhã seguinte, volta a se transformar em boto.

O animal é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. Ele os ajuda durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. O boto cor-de-rosa também é famoso por salvar pessoas que estão se afogando no rio.
A lenda era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento. Costuma-se dizer que uma criança “sem pai”, é filha do boto.

A história foi transformada em filme no ano de 1987. ‘Ele, o boto’ foi estrelado por Cássia Kiss, Carlos Alberto Riccelli e Ney Latorraca. Uma das conquistas do boto é Tereza, vivida por Cássia Kiss. A moça engravida e a sedução do homem-animal provoca cada vez mais a ira do marido, que deseja matá-lo.

O FILME

[youtube id=”Z7ZlaRWHiOQ”]

ATUALMENTE

Recentemente, um levantamento feito pela pesquisadora Sannie Muniz Brum, com 35 comunidades de pescadores em área de reserva de desenvolvimento sustentável, no Amazonas, constatou que botos-vermelhos, conhecidos como botos-cor-de-rosa, estão sendo mortos e usados como isca para a pesca do peixe piracatinga (Callophysus macropterus). Sannie é pesquisadora do Instituto Piagaçu (IPI) e colaboradora da Associeação Amigos do Peixe-Boi (Ampa).

A grande preocupação é com relação a prática a longo prazo que pode levar à extinção do “golfinho da Amazônia”. O governo brasileiro vem sendo cobrado sobre a preservação do animal.

Informações: Agência Brasil  ; Word Animal Protection ; Sua pesquisa.com