Dirofilariose canina

A doença do verme do coração é uma enfermidade parasitária cardiopulmonar causada pelo agente etiológico Dirofilaria immitis. É de evolução crônica e sua gravidade está relacionada com a quantidade de vermes albergados pelo portador. Possui distribuição mundial, sendo endêmica na maioria das zonas de climas tropical, subtropical e temperado. É mais comum em cidades litorâneas, porém muitos casos têm sido relatados em regiões interioranas e longe da costa. No Brasil, a prevalência da infecção possui uma média nacional de 10,17%. O estado de maior incidência é o Rio de Janeiro com 21,3%.

O ciclo biológico de D. immitis é relativamente longo, podendo durar mais de seis meses. As larvas passam por cinco estágios, desenvolvendo-se tanto no hospedeiro intermediário (mosquito vetor dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles) como no hospedeiro definitivo vertebrado.
O mosquito passa ser o hospedeiro intermediário, e dentro dele, as larvas se desenvolverão, migrando do tórax para o aparelho picador do inseto. Quando este mosquito infectado pica outro cão, inocula as larvas de terceiro estágio, ao se alimentar. As larvas recém-chegadas ao organismo migram para o tecido subcutâneo e muscular. Em seguida, invadem o sistema vascular e por volta de 100 dias após a infecção chegam ao coração, se alojam no ventrículo direito e nas artérias pulmonares dos lobos caudais do hospedeiro. O ciclo se completa com a liberação de novas microfilárias na corrente sanguínea.

♦SINTOMAS

Muitos cães, principalmente os recentemente infectados, são assintomáticos. Dessa forma, a doença é diagnosticada apenas por um resultado positivo em testes sanguíneos de triagem de rotina.
Quando os sintomas aparecem, o estágio da doença normalmente já é mais avançado. Nesses casos, os cães podem apresentar um histórico de tosse crônica, dispneia, taquipneia, síncope, fadiga, intolerância a exercícios, mucosas pálidas ou ictéricas, hemoptise, perda de peso, anorexia, trombocitopenia, ascite e insuficiência cardíaca congestiva direita e morte. Em sua forma aguda, principalmente na síndrome da veia cava, os animais infectados apresentam fraqueza, anorexia, depressão, tempo de preenchimento capilar prolongado, distensão ou pulsação da veia jugular, dispneia, hepatoesplenomegalia, hemoglobinemia, colapso e choque. A morte pode ocorrer poucas horas após o aparecimento das manifestações clínicas.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

O tratamento de animais com dirofilariose é complexo devido, principalmente, ao ciclo de vida do parasito, manifestações clínicas e complicações do tratamento contra os vermes adultos.
Essas dificuldades do tratamento levam à profilaxia como a principal opção no combate da dirofilariose. A Sociedade Americana do “Verme do Coração” (American Heartworm Disease) recomenda a prevenção anual, principalmente nas áreas endêmicas. Uma das principais drogas preventivas utilizadas nos cães é a ivermectina, pertencente ao grupo da lactona macrocíclica.

FICA A DICA

Sabendo dos riscos de infecção no Brasil, mesmo em áreas mais afastadas do litoral, fica recomendado ministrar vermífugos à base de ivermectina, mensalmente.
O fato mais importante na batalha contra a dirofilariose canina é a profilaxia, portanto é preciso uma melhor divulgação levando esse conhecimento à população, principalmente nas regiões mais carentes quanto às formas preventivas da doença.

 

FONTE: Revista Cães & Gatos

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