De acordo com estudo da Embrapa, o Agro brasileiro alimenta aproximadamente 800 milhões de pessoas

O recente estudo de autoria de Elisio Contini e Adalberto Aragão, da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire) sob o título “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”, revela que a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de 20,6 bilhões para 100 bilhões de dólares, nos últimos dez anos. O estudo completo encontra-se disponível no Sistema Agropensa (disponível aqui).

“Os dados mostraram que o Brasil, em 2020, forneceu alimentos para 772,600 milhões de pessoas, sendo 212,235 da população brasileira e mais 560,365 milhões de outros países, por meio da exportação de grãos e da carne bovina convertida em grãos. A variação da população total alimentada pelo Brasil em 2019 de 809,472 milhões em relação a 2020 deve-se à variação de preços dos produtos nos dois anos considerados. Assim, pode-se afirmar que ao redor de 800 milhões de pessoas são alimentadas pelo Brasil, incluindo a população brasileira”, afirmam os autores.

Neste estudo foi considerado a produção de grãos e oleaginosas, que fazem parte da alimentação básica de grande parte da população mundial, além de também serem essenciais para a produção de proteína animal, visando quantificar quanto o agro brasileiro contribui para a alimentação de pessoas no Brasil e no mundo.

De acordo com os autores do trabalho, a hipótese é de que os grãos e as oleaginosas vêm sendo a base da alimentação humana, para consumo direto das pessoas, alimentos processados ou como insumo para ração para a produção das principais carnes. Eles adotaram a classificação de “alimentos” utilizada pelo Banco Mundial para a elaboração do Food Price Index.

O indexador “Food Price Index” considera os seguintes cereais: arroz, trigo, milho e cevada; óleos vegetais e tortas: soja, óleo de soja, torta de soja, óleo de dendê, de coco e de amendoim; além de outros alimentos: açúcar, banana, carne de boi, de aves e laranja.

Para o estudo, foram realizados dois cálculos com o objetivo de chegar na quantidade de pessoas que o Brasil pode alimentar no mundo. O primeiro é baseado na produção física de grãos e o segundo acrescenta a esta produção física o seu respectivo valor monetário, a partir de preços internacionais.

Outra inovação que a pesquisa traz, é a conversão da carne bovina exportada. “Como a carne bovina brasileira exportada é produzida a pasto, convertemos esta exportação para equivalente grãos e quantificamos quantas pessoas são alimentadas por esta carne. Esta é a segunda alternativa do estudo”, esclarece Contini.

Para os autores, a segunda alternativa aproxima-se mais da resposta esperada. Com isso, os autores seguiram o seguinte método: estimou-se a população alimentada pelo Brasil não mais na quantidade de produção, mas a partir dos preços internacionais dos produtos, estabelecidos pelo FMI, multiplicados pela produção física, a cada ano. À esta alternativa, transformou-se a carne bovina exportada em equivalente grãos. Em seguida, fez-se a sua proporção em relação ao total, como realizado anteriormente.
Neste caso, os dados mostraram que o Brasil, em 2020, forneceu alimentos para 772,600 milhões de pessoas.

Fonte: Embrapa adaptado por Qualittas.

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