A grande polêmica – Uso de animais em pesquisa científica: ainda é necessário?

Por Profª. e Dr.ª Elizabeth Teodorov

• Resumo •

O uso de animais em experimentação científica representa grandes avanços nos campos das ciências biológicas e veterinária e na própria saúde humana. O uso de roedores criados em condições de laboratório nesses centros de pesquisas lotados nas renomadas Universidades é uma prática que ainda está muito longe de ser banida, uma vez que uma série de doenças e os estudos para uma possível cura ainda não possuem métodos alternativos. Por exemplo, para estudos de doenças neurodegenerativas como Doença de Alzheimer ou Doença de Parkinson, cuja prevalência nos dias atuais é relevante, usam-se modelos animais que mimetizam esses males e os pesquisadores não medem esforços para tentar compreender os mecanismos fisiológicos e moleculares que as norteiam visando possível cura ou um diagnóstico precoce. As diretrizes do uso ético dos animais, avaliam fortemente se o pesquisador preconiza em seu projeto de pesquisa o princípio dos três “Rs” desenvolvido por Russell e Burch: refinamento, redução e substituição. Assim, o pesquisador pode utilizar os animais desde que obedeça a esses princípios, ou ainda, se possível substituindo por métodos alternativos. Esta revisão tem por objetivo informar o conceito de bem-estar em animais de experimentação, como são mantidos e porque ainda são necessários em pesquisas científicas relevantes.

• Introdução •

Ultimamente observa-se no Brasil, bem como em outros países, grande comoção por parte da população no que diz respeito ao uso de animais para fins de experimentação científica1 , aliado ainda o fato do seu uso no comércio de venda de filhotes e produtos (como peles, derivados de carne e leite entre outros). O uso de animais em experimentação científica representa grandes avanços nos campos das ciências biológicas e veterinária e na própria saúde humana2 . O objetivo deste artigo não é discutir a adoção da prática vegana, incentivar a proibição de uso de animais e tampouco crucificar produtores e sim, demonstrar que o uso de animais em centros sérios de pesquisa científica ainda são muito necessários. Testemunhos históricos que datam de mais de 2 mil anos demonstram que Hipócrates (450 a.C.) já relacionava o estudo de órgãos doentes de humanos com os de animais para fins didáticos dada a semelhança na anatomia e fisiologia, como por exemplo para o estudo e desenvolvimento de vacinas, pesquisas sobre células-tronco, estudos em neurologia e neurociências entre outros campos.

Esse artigo foi cedido gentilmente pelo nosso parceiro Vet Smart e pode ser consultado na íntegra por veterinários e estudantes no site www.vetsmart.com.br.

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