Utilização de células-tronco se mostra eficaz em tratamentos realizados com animais

Lula é um cão da raça Beagle que, durante muito tempo, lutou contra uma insuficiência renal. Idoso e com baixo peso, ele parecia condenado a morrer após um sofrimento diário. Contudo, um tratamento com células-tronco salvou a vida do animal. Passados seis meses da terapia, ele está feliz, ativo e com aspecto mais jovial. A abordagem inédita e desenvolvida no Brasil pode beneficiar animais com doença nos rins, aplasia medular, lesões tendíneas e ligamentares, sequelas neurológicas de cinomose, fraturas e não união óssea, lesão de coluna, osteoartrites e osteoartrose.

A tecnologia usa um concentrado com 100% de células-tronco e foi criada pela Celltrovet, uma empresa que surgiu na Universidade de São Paulo (USP) e, depois de ficar encubada por quatro anos, iniciou a comercialização. A iniciativa atua nas áreas de terapia com células-tronco, medicina regenerativa e engenharia tecidual para pequenos e grandes animais. No laboratório, as estruturas são isoladas do tecido adiposo retirado de animais saudáveis com até 6 meses de idade. Diversos testes estabelecidos pela comunidade científica, como de diferenciação e proliferação celular, são feitos para comprovar a qualidade do material, que é armazenado.

O presidente da empresa, Enrico Jardim Clemente Santos, explica que, como o sistema imunológico do receptor não reconhece as células-tronco, é possível aplicar o concentrado com o material de um determinado animal em outro. “Isso evita que um cão muito debilitado seja submetido a uma anestesia para a retirada do tecido adiposo, eliminando, assim, o risco de ele morrer por causa dessa injeção”, diz. O procedimento de isolamento das células é propriedade industrial da empresa e é único. A companhia, sediada em São Paulo, é a primeira da América Latina a trabalhar com células-tronco em animais de pequeno porte, de acordo com Santos.

O tecido adiposo é recolhido no momento da castração ou de alguma outra cirurgia, com uma incisão de menos de 5cm. Simultaneamente, é coletado o sangue do animal para fazer diversos testes moleculares a fim de constatar que ele não está doente. Se detectado qualquer patógeno, o material é imediatamente descartado. O tecido é processado somente depois da comprovação de qualidade. “É pedida a autorização ao dono, que normalmente concorda e ainda fica feliz pelo fato de o animalzinho dele poder ajudar outros.” (Fonte: Conselho Regional de Medicina Veterinária)

Curso de Terapia Celular com Células-Tronco

O Instituto Qualittas lançou recentemente o curso de credenciamento em Terapia Celular com Celular-Tronco. São 30 horas com coordenação de Patricia Furtado Malard (Bio Cell). Essa opção inclui a abordagem de temas relacionados à células-tronco, tanto na teoria quanto na prática, tornando possível a capacitação do médico veterinário na utilização das células-tronco na rotina da clinica veterinária. Tem como objetivo capacitar o aluno a identificar o animal que pode se beneficiar com a terapia celular bem como aprender a aplicar as células-tronco e a acompanhar o caso clínico pós aplicação de células-tronco.

A possibilidade da utilização das células-tronco na rotina da clínica veterinária é uma realidade. Entretanto, por se tratar de um assunto novo, pouco abordado nas faculdades, faz-se necessário a capacitação do médico veterinário para que ele possa utilizar dessa tecnologia com sucesso e fazer disso um diferencial na sua carreira.

Para mais informações sobre o curso acesse o site oficial da Qualittas ou ligue para 0800 725 6300.

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