De acordo com dados divulgados no fim do ano passado, o ensino a distância cresceu mais que a educação presencial. No período analisado, de 2011 a 2012, houve um aumento de 12,2% nas matrículas do EAD, enquanto que no ensino presencial o aumento foi de 3,1%. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2012, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).
O crescimento atrai cada vez mais estudantes dispostos a ter um diploma, mas que não têm tempo ou disponibilidade para assistir às aulas presenciais. “Além da flexibilização, o valor dos cursos também atrai muitos alunos, já que as mensalidades custam 50% menos no ensino a distância”, explica a coordenadora de ensino a distância da Qualittas Universidade Interativa, Sílvia Leone. O ensino a distância representa hoje 15,8% do total das matrículas.
Para ela, as pessoas estão começando a perceber as enormes vantagens que o EAD oferece. “Os cursos online dependem muito mais do aluno do que o presencial. É ele quem faz os horários dele e as pesquisas. O tempo que ele dedica aos estudos é exclusivo, já que em um curso presencial, o estudante pode simplesmente comparecer, mas não aprender, pois está distraído com outra coisa”, completa.
A maior parte das matrículas em EAD está na rede privada, representando 83,7%, e é oferecida por universidades (72,1%). Os cursos com maior número de alunos no Brasil são administração (833.042), direito (737.271) e pedagogia (602.998). Em seguida, vem ciências contábeis (313.174), enfermagem (234.714), engenharia civil (198.326), serviço social (172.979), psicologia (162.280), gestão de pessoal (157.753) e engenharia de produção (129.522).
O EAD também contribui com a democratização, uma vez que permite que o conhecimento chegue a regiões onde seria quase impossível. A meta do governo federal é chegar a um total de 10 milhões de estudantes no Ensino Superior em 2020. Se isso acontecer, poderemos chegar, então, a 2 milhões de alunos em cursos de graduação a distância.
