ARTIGO: Fibrilação Atrial

ELTHON SILVEIRA CRESSONI
 Pós Graduação – Bases Geral da Cirurgia e Cirurgia Cardíaca

                            Mestrado (2002-2005)

                            Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Botucatu – SP

· Graduação – Medicina Veterinária (1996 – 2000)

                           Centro Universitário de São José do Rio Preto (UNIRP)

Introdução

 

Desde o estudo de Framingham acumularam-se evidências de que a fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum estando usualmente associada à doença cardíaca estrutural, com manifestações clínicas de insuficiência cardíaca avançada, sua ocorrência aumenta com a idade, sendo maior a morbimortalidade em cães acometidos quando comparados com os indivíduos sob ritmo sinusal.

Na espécie humana, tem uma prevalência de 0,4% a 1,5%, aumentando com a idade, dobrando à cada década da vida, chegando a 10% na população acima de 75 anos.

Nos cães, a primeira constatação eletrocardiográfica de FA espontânea foi feita em 1924. Já o primeiro levantamento consistente sobre distúrbios do ritmo cardíaco em animais domésticos foi publicado nos EUA na década de 1960, quando Patterson, Detweiller, Hubben e Botts identificaram 12 tipos de arritmias em 3000 cães, sendo a Fibrilação Atrial a arritmia sustentada mais freqüente.

 

Diagnóstico e sinais clínicos

        

A FA consiste em uma rápida múltipla despolarização dos átrios, com freqüências acima de 400 bpm e com uma freqüência ventricular irregular e rápida na maioria das vezes.

Os sinais clínicos apresentados pelos pacientes estão relacionados a resposta ventricular elevada e ou irregular e à perda da atividade atrial. Os sinais mais freqüentes são síncopes e ou dispnéia.

No eletrocardiograma observa-se o desaparecimento da onda P, que é substituída por ondulações rápidas, irregulares, de morfologia continuamente variável e geralmente de pequena amplitude, denominas ondas “f de fibrilação”. A maioria dos casos cursa com frequência ventricular elevada (Figura 1).

 

figura1

Figura 1: Frequência ventricular elevada. Kardiovet (2006)

         Para quem analisa Holter percebe que há dois tipos de exames possíveis ralacionados a FA.

1-) Pacientes com FA durante toda gravação;

2-)Pacientes com ritmo sinusal diferente da FA que apresentaram episódios de FA durante o exame. (Figura 2)

 

figura2

Figura 2: Episódios de FA durante o exame. Kardiovet (2013)

 

3-) O gráfico de 24 horas da variação da freqüência é bastante característico, muitas vezes permitindo ao analista definir a existência de FA mesmo sem a observação de traçados no ECG. Há variação significativa da freqüência cardíaca minuto a minuto, do valores máximos e mínimos, graça a irregularidade dos intervalos R-R (figura 3).

figura3

Figura 3: Irregularidade dos intervalos R-R. Kardiovet (2013)

 

Tratamento

Importante: Sempre se lembrar de tratar o paciente e não a arritmia.

Os objetivos da terapêutica envolvem antiarrítmicos e ou controle da síndrome da insuficiência cardíaca congestiva.  O tratamento medicamentoso da FA, depende grandemente da etiologia primária ou da função ventricular esquerda (ou de ambos).

A FA é sempre tratada. Os objetivos terapêuticos são:

1.) Reduzir a freqüência de resposta ventricular para menos de 160/bpm.

2.) Manter ou melhorar o débito cardíaco se houver insuficiência cardíaca congestiva.

3.) Manter ou melhorar a pressão arterial sistêmica.

 

Referências

http://www.rbconline.org.br/artigo/perfil-clinico-epidemiologico-da-fibrilacao-atrial-espontanea-em-caes/

 

http://www.geocities.ws/equipecv/terapeutica/disturbioritmos.html

 

Facebook

Arquivos

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*


Mais artigos