O Ministério da Agricultura recebeu ofício da autoridade sanitária russa (Rosselkhoznadzor) com alerta de resíduos de deractopamina – um indutor de crescimento proibido pelos russos – encontrados em lotes de carne suína da BRF, a Brasil Foods, e da Seara, do grupo Marfrig, enviadas à Rússia.

O vice-chefe do Rosselkhoznadzor, Eugene Nepoklonov, disse em comunicado que o controle laboratorial das empresas será reforçado e, caso detecte-se o mesmo problema outra vez, restrições temporárias no fornecimento de produtos serão impostas às duas empresas. A JBS também foi incluída no controle reforçado.

Em contrapartida, Ênio Marques, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, afirmou que o problema está na metodologia utilizada pelos países. Os russos aceitam apenas 0,1 parte por bilhão de resíduo, enquanto a maioria dos governos autorizam até 1 parte por bilhão. “Existem estudos que comprovam que qualquer valor abaixo de 1 parte por bilhão pode ser um traço de qualquer outra substância. Os russos querem 0,1 parte por bilhão e nós queremos 1 parte por bilhão em sintonia com outros países. Vamos tentar harmonizar isso durante reuniões na semana verde em Berlin”

Fonte: Valor Econômico