Startup cria campanha de doação de sangue para cães

O baixo índice de doadores e os estoques limitados dos bancos de sangue são duas das causas mais comuns que motivam campanhas para ajudar pessoas que necessitem  de transfusão. No universo dos pets, tais limitações são ainda maiores e a procura menor, ocasionando, por vezes, a morte dos animais que não conseguem ajuda.

Decidido a reverter a situação, Bruno Gavina, idealizador da plataforma Go Dog, decidiu criar uma campanha de doação de sangue para cães. A startup oferece serviço de capacitação e cadastramento de pessoas para passear com cachorros, no Rio de Janeiro e em Niterói, e promove adoções, resgates e recebimento de pedidos de ajuda.

“A Magrela é uma cadela que encontramos dormindo no lixo, sobre os irmãos, que já estavam mortos. Ela estava muito debilitada. Conseguimos fazer a transfusão e salvar a vida dela. E através de uma vaquinha entre voluntários e nossos parceiros conseguimos ração e um lar que a acolheu”, relata o empreendedor, que já desistiu de três cursos universitários e se diz apaixonado pelos animais. “Através de parceria com o hospital veterinário da UFF a criação de uma campanha foi tomando forma; começamos a receber pedidos para conseguir doadores de sangue para cães em tratamento. Iniciamos com um grupo no WhatsApp e hoje as pessoas podem cadastrar seus cães como voluntários pelo de nosso site”, conclui.

Gavina firmou ainda uma parceria com a UFRRJ para realização de tratamentos. Todos os animais que forem cadastrados no site como doadores, ganharão automaticamente uma consulta veterinária na The Pet from Ipanema, na Zona Sul do Rio, e no hospital veterinário da UFF, em Niterói.

Cães ativos, saudáveis e que vão regularmente ao veterinário são os animais ideais para esta ação de salvar vidas. Os requisitos básicos para ser um cão doador são: ter mais de 20 kg, com idades entre 1 a 5 anos, não ter histórico de doenças graves nos últimos três meses e ter as vacinas contra raiva e vermifugação em dia.

O cachorro que é doador pode realizar este procedimento de seis em seis meses. Além de garantir o título de herói, ganha passeios na startup e alimentação natural hipercalórica, esta última similar ao procedimento que ocorre na doação de sangue humano.

Um exemplo de sucesso da campanha é o da cachorra Amelie, que precisou de transfusão, por sofrer de uma doença autoimune.

“É emocionante, porque a dona não tinha condição de arcar com custos de tratamento. O veterinário nos enviou uma mensagem dizendo que ela já havia feito duas transfusões de sangue, mas não haviam sido suficientes. Ela continua na luta, mas o quadro está progredindo com ajuda dos profissionais do hospital veterinário da UFF”, conta Gavina.
Fonte: O Globo

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