País é líder em produzir mais com menos e de forma sustentável

Quando pensamos no futuro da humanidade uma certeza que temos é que ela continuará em pleno crescimento. Segundo a FAO, órgão da ONU para a alimentação, o crescimento da população só cresce ao longo do tempo. Mas como alimentar esse aumento da população mundial de forma sustentável? Isso é o grande desafio. Garantir a segurança alimentar, produzindo mais com menos, para uma população que cresce em ritmo acelerado. Isso requer mais alimentos seguros que terão que ser produzidos de forma sustentável.

Para se ter uma ideia da evolução da humanidade, há 10 mil anos atrás, éramos apenas 1 milhão de habitantes na Terra. Em 1.800, ou seja, há pouco mais de 200 anos, já éramos 1 bilhão de pessoas. Em 1970, 50 anos atrás, 3 bilhões. Agora somos mais de 7 bilhões de pessoas. E a partir de 2050, nossos filhos e seus netos estarão vivendo em um planeta com outras 9,8 bilhões de pessoas.

Para evitar uma fome mundial catastrófica a produção de alimentos precisará aumentar em 70%. A população mundial terá 2,2 bilhões de pessoas a mais daqui a 30 anos. A população idosa acima de 60 anos chegará a 22% do total (hoje 10%).

Até 2050, a população urbana chegará a 6,3 bilhões de pessoas. Leste asiático e pacífico, Sul da Ásia e África subsaariana, a urbanização está em ritmo acelerado, a cada semana 1,5 milhão de pessoas passam a fazer parte da população urbana.

O mundo precisará, portanto, produzir 70% mais alimentos para atender essa demanda e cerca de 90% do aumento da produção de alimentos virá dos países em desenvolvimento.

A humanidade necessitará, nos próximos 35 anos, a mesma quantidade de alimentos do que o que foi consumido nos últimos 8.000 anos.

Será necessário produzir muito mais carne e leite

O tamanho da classe média deverá atingir 4,9 bilhões de pessoas até 2030, aumento de 172,2%. A população mundial cresce atualmente a uma taxa de 2,5 pessoas a cada segundo. O consumo per capita de leite e derivados crescerá 53% e o de carnes mais de 75%.

Ou seja, o Crescimento Populacional, a Urbanização e o Aumento do Poder Aquisitivo nos países em desenvolvimento, irão promover esse crescimento exponencial na demanda por alimentos. Os números são impressionantes mesmo. Os últimos 8.000 anos equivalem aos próximos 35 anos quanto à quantidade de alimentos demandadas.

Segundo a FAO, o Brasil precisará aumentar sua produção em 40% para suprir a demanda mundial em 2050.

O Brasil é um país agrícola

O Brasil é essencialmente um país agrícola. O Agronegócio representa 21,6% do PIB Brasileiro, sendo 2/3 gerados pela agricultura e 1/3 pela pecuária. De 1997 até 2017, a produção de carne suína, saltou de 1,5 para mais de 3,8 milhões de toneladas, mais que dobrou. A carne bovina, também cresceu de forma significativa, de 6 para 9,5 milhões de tons, e a produção de carne de aves, saiu de 4,4 para 14 milhões de toneladas. Triplicou em apenas 20 anos.

Nos grãos o Brasil tinha uma produtividade no final da década de 70 de cerca de 600 kg de grãos por hectare. Nos últimos dois anos superamos a marca de 3,5 toneladas por hectare plantado.

A competitividade do Brasil está associada essencialmente ao aumento de produtividade alcançado pelos produtores brasileiros, ano após ano. E sem subsídios. Motivo de orgulho para todos nós. E assim seguiremos como protagonistas na nobre missão de alimentar o mundo.

Países com área total acima de 5 milhões de km2, com PIB anual maior que 1 trilhão de dólares e com população superior a 150 milhões de habitantes. Somente 3 países reúnem os três elementos, que são os Estados Unidos, a China e o Brasil. Os dois primeiros localizados no hemisfério norte, com limitações climáticas para a agricultura durante vários meses no ano, a temperatura anual média na China é de 7°C e nos Estados Unidos de 8,5°C.

O Brasil tem condições únicas para maximizar o uso da terra na produção de alimentos

O Brasil, com temperatura média de 25°C, tem disponibilidade de água e sol que nos garante condição única para maximizar o uso da terra na produção de alimentos. Todas essas condições colocam o País em posição privilegiada quanto à competitividade na produção de alimentos, entretanto essa mesma situação nos torna expostos aos nossos concorrentes que naturalmente procuram apontar falhas que possam denegrir a imagem de nosso País.

Além das questões ambientais, largamente discutidas em diversos fóruns e que temos que enfrentar com força e determinação para controlar o desmatamento ilegal, não podemos deixar de destacar o maior dos inimigos que nos rondam: as questões sanitárias ligadas à produção animal.

Recentemente testemunhamos a difícil situação que a China, maior produtor e consumidor mundial de suínos, enfrentou com a peste suína africana, que dizimou mais de 40% da produção de carne suína naquela nação.

Temos ótimos programas de controle de enfermidades e vigilância epidemiológica, mas de outro lado temos ainda questões culturais a serem gerenciadas, como o acesso de visitantes às áreas de produção animal, ainda é comum vermos amigos, parentes, conhecidos tendo quase livre transito à granjas de aves, suínos, confinamentos, enfim, podendo carrear vírus, bactérias e outros agentes infecciosos para dentro das criações. Igualmente, as ações de controle nas fronteiras podem e devem ter atenção redobrada, tudo em favor da manutenção do país livre de tantas enfermidades que assolam o mundo e na aceleração para a eliminação de tantas outras.

As vantagens competitivas do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro tem vantagens competitivas que poucas outras unidades da federação podem contar com tal privilégio. Além de inúmeros portos e aeroportos que favorecem a exportação de produtos locais com custos mais competitivos, é um estado com relativamente pouca extensão de fronteiras terrestres, o que facilita o controle sanitário podendo tornar-se , por exemplo, um importante exportador de carne suína se conquistar o status de livre de febre aftosa, benefício atualmente usufruído com sucesso por Santa Catarina por exemplo. Ressaltemos aqui o papel do médico veterinário em suas diversas áreas de atuação, prevenindo doenças e garantindo a saúde dos animais e de produtos por estes originados, como carnes, leite e ovos. Sanidade é nosso maior trunfo mas é também a maior das ameaças se não bem manejada.

Fonte Animal Business adaptado para Qualittas

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