Fêmeas no comando: os 10 animais liderados por fêmeas

Um animal social é amplamente definido como um organismo altamente interativo com outros membros da sua espécie, ao ponto de terem uma sociedade distinta e reconhecível. E alguns desses animais sociais se organizam em sociedades que, por vezes, são regidas pelas fêmeas.

Inspirados pela comemoração do Dia Internacional da Mulher, selecionamos aqui as 10 sociedades matriarcais mais fascinantes do mundo animal.

Abelhas

Uma das sociedades mais organizadas da natureza é comandada por uma fêmea: a abelha-rainha.

Na verdade, quase a população inteira é composta por fêmeas. A matriarca lidera um verdadeiro exército de operárias, que trabalham juntas para alimentar a rainha e manter a colmeia. Se você viu uma abelha por aí, ela provavelmente era fêmea.

Os machos existem em menor número, para fins reprodutivos. Uma vez que cumprem sua função, infelizmente, eles morrem.

Bonobos

Amor livre define essa comunidade liderada por fêmeas. E para entender um pouco sobre essa sociedade, aí vai uma curiosidade…

As duas espécies de primatas mais parecidas com os seres humanos são os bonobos e os chimpanzés. Mas elas não poderiam ser mais diferentes entre si: uma é liderada pelos machos e mais agressiva – os chimpanzés frequentemente resolvem os seus conflitos através da violência. A outra é comandada pelas fêmeas e mais pacífica – os bonobos resolvem os seus conflitos com favores sexuais, inclusive entre duas fêmeas.

O motivo? Os estudos do pesquisador Brian Hare indicam que um ancestral comum teve sua população dividida pela formação do Rio Congo. Os que ficaram do mesmo lado que os gorilas evoluíram para uma espécie agressiva, competindo por comida e território (os chimpanzés). Já na outra margem, sem ameaças por perto, o segundo grupo (os bonobos) adotou um estilo mais “paz e amor”.

Os bonobos estão entre as poucas espécies na natureza não fazem sexo só para fins reprodutivos, mas também por prazer – assim como os humanos. E mantêm fortes laços sociais e familiares.

Orcas

Apesar da injusta e pejorativa fama de “baleias assassinas”, as orcas também mantêm fortes laços sociais e familiares. Estão entre poucos animais que passam a vida toda com suas mães, mesmo depois de ter os seus próprios filhotes. Sendo assim, um grupo de orcas costuma ser formado por várias famílias. Lideradas pela fêmea mais velha (a matriarca), essas orcas caçam juntas e cuidam dos filhotes umas das outras.

Elefantes

Um dos maiores animais da terra é um dos exemplos mais bonitos de sociedade matriarcal.

As manadas costumam ser lideradas pela fêmea mais velha. E apesar da matriarca ser geralmente maior do que o restante do grupo (em tamanho), o que importa mesmo é a sua experiência. Muitas vezes, na natureza, a hierarquia entre os animais é estabelecida pela força. Mas os elefantes são seres altamente sociais e inteligentes. A matriarca é aquela que sabe onde encontrar água ou como melhor defender os filhotes. Uma única fêmea experiente chega a liderar de 8 até 100 elefantes.

Hienas

As hienas comandam grupos de até 60 indivíduos. E “comandam” é a palavra certa aqui: as fêmeas são significativamente maiores e mais agressivas do que os machos.

São elas que ficam com a maior parte da comida. Apesar da fama de carniceiras, as hienas são ótimas caçadoras em grupo. Quando matam uma presa, as fêmeas dominantes se alimentam primeiro. Os machos que não conseguem comer o suficiente usam as suas “horas extras” para encontrar alguma carcaça abandonada na savana.

Uma curiosidade sobre essa espécie é que as fêmeas possuem um pseudo-pênis. O órgão – que é na verdade um clitóris alongado – chega a ficar ereto e é usado para urinar, acasalar e dar luz aos filhotes.

Lêmures-de-cauda-anelada

Os lêmures são um caso curioso. As fêmeas e os machos têm o mesmo tamanho e, teoricamente, a mesma chance de lutar pela liderança. Por que então a maioria das sociedades são dominadas por fêmeas? É o que os pesquisadores gostariam de descobrir…

Leões

As ficções cinematográficas subestimaram os poderes das leoas. Em média, um bando tem 13 fêmeas. Elas mantêm uma sociedade matriarcal e dividem as tarefas comunitariamente, cuidando dos filhotes umas das outras. Além disso, são exímias caçadoras. São as leoas que emboscam e matam as presas – e não o temido leão, “o rei da selva”.

O bando é mantido por fêmeas da mesma linhagem, ao longo de várias gerações, enquanto o leão reprodutor vem de fora e pode ser substituído por outro mais forte. As disputas por território são comuns entre os machos. Mas não se engane: as leoas são perfeitamente capazes de enfrentar e afugentar um macho indesejado.

Suricatas

Os suricatas vivem em grandes colônias matriarcais – às vezes, com até 40 indivíduos. A fêmea dominante lidera esses pequenos mamíferos pela savana em buscas de novas tocas e em disputas por território contra outros suricatas.

Ratos-toupeiras pelados

Além de dominar as savanas, o oceano, as copas das árvores e até o ar… As fêmeas estão comandando também debaixo da terra. Os ratos-toupeiras vivem em grupos de até 300 e seguem uma “alfa” fêmea.

Formigas

E por fim, voltamos aos insetos. As formigas têm sociedades matriarcais muito parecidas com as das abelhas – uma rainha e milhares de operárias, que mantêm o formigueiro sempre ativo. Os poucos machos cumprem função reprodutiva (e às vezes, nem isso).

Existe uma espécie de formigas na Amazônia (Mycocepurus smithii) que é composta apenas por fêmeas. Segundo a bióloga Anna Himler, essas formigas são excelentes fazendeiras. Elas aprenderam a cultivar fungos – pequenos organismos que se reproduzem assexuadamente – e em algum momento assimilaram as mesmas características evolutivas.

Todas as formigas da colônia são clones da rainha, o que as deixam mais suscetíveis a epidemias. Por outro lado, a ausência de machos poupa a energia da matriarca. Todas as crias passam a ser fêmeas e, portanto, mais mão-de-obra para o formigueiro.

Fonte: World Animal Protection

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