Dados mostram o perfil atual dos Médicos-Veterinários em São Paulo

Em comemoração ao Dia do Médico-Veterinário, 9 de setembro, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV/SP) reuniu dados sobre os perfis dos profissionais que atuam na área.

A pesquisa teve como base os registros dos médicos-veterinários ao CRMV/SP, ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e ao Ministério da Saúde, além de dados obtidos por uma apuração feita pela regional com 1.505 profissionais. Também foram usados os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado em 2016.

De acordo com o registro do CRMV/SP, de maio de 2018, no Estado de São Paulo há 33.375 médicos-veterinários atuantes. Deste montante, 5.135 são responsáveis técnicos (RTs). Sem contar com a capital do Estado, que apresenta 37,6% dos médicos-veterinários, a segunda cidade com maior número de profissionais é Campinas com 5.792, seguida por Ribeirão Preto com 2.700.

Os 60,4% dos profissionais ativos são do sexo feminino. E os dados ainda mostram que mais de 72% dos médicos-veterinários da região têm entre 25 e 44 anos.

A Especialização no setor

Dentre as especialidades com título válido pelo CFMV e com renovação obrigatória a cada 5 anos, sobressaem a Homeopatia e a Acupuntura. Ambas habilitadas em 2014, contam com 12 especialistas ativos.

Uma área que merece seu reconhecimento é a de Oncologia Veterinária, na qual possui três profissionais aprovados através de um teste realizado em 2017pela Associação Brasileira de Oncologia Veterinária, com o apoio do CRMV/SP. Esses médicos-veterinários aprovados, de São Paulo, esperam pela homologação do título de especialista pelo CFMV.

Outra tendência que procura por mais profissionais da Medicina Veterinária é a Saúde Pública. O aumento de médicos-veterinários no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é um exemplo disso. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016, 114 médicos-veterinários compunham as equipes do NASF em 19 estados brasileiros. Somente em junho deste ano, havia 159 profissionais da área contratados pelo NASFs em 23 estados, sendo que 15 médicos-veterinários atuam em São Paulo.

A Propagação das empresas do segmento

Por ano são registradas, em média, 94 novas Clínicas Veterinárias no Estado de São Paulo, de acordo com os dados desses cinco últimos anos. De janeiro de 2017 a junho de 2018, foram contabilizados 165 novos estabelecimentos, compondo 1.347 clínicas na capital.

O perfil dos estudantes de Medicina Veterinária

Segundo o Enade, 66% dos alunos que concluíram a faculdade de Medicina Veterinária em 2016, frequentaram o Ensino Médio em escola particular. Destes, 8,7% cursaram o médio profissionalizante antes de ingressar na universidade.

A pesquisa ainda mostra que 47,4% dos estudantes de Medicina Veterinária possuíam renda familiar acima de 4 salários mínimos. Dentre os alunos de Zootecnia, o índice é de 26,6%.

De acordo com o exame, dos alunos recém-graduados de 2016, 65% eram mulheres, o que representa 12% a mais do que em 2004. Consequentemente, o número de profissionais do sexo feminino no Estado de São Paulo sobressai com 20,8% em relação aos homens.

O Futuro da Profissão

Dos profissionais que responderam a pesquisa ao CRMV/SP, entre junho e julho deste ano, 34% afirmam a atuação na área de Clínica de Pequenos Animais. Em seguida, mencionaram as áreas de Saúde Pública (4,6%), Laboratório de Diagnóstico (3,4%) e Clínica de Grandes Animais (3,3%). Os médicos-veterinários que seguiram para o setor de ensino representam 2,2% dos participantes da pesquisa.

O percentual que correspondem os profissionais autônomos é de 40% dos médicos-veterinários apurados no questionário. Deste levantamento, 20% possuem carteira de trabalho assinada e 13,6% são proprietários de clínicas veterinárias.

Mais de 36% afirmaram ter uma expectativa baixa quando perguntados sobre o futuro da profissão. A valorização profissional, o ensino da Medicina Veterinária no Brasil e os rendimentos financeiros foram estabelecidos como os fatores de maior preocupação. Em contrapartida, 74,2% julgam como razoável ou boa o progresso da profissão nesses últimos 50 anos.

(Fonte: Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo)

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