Chegada da variante do novo coronavírus provoca um novo desafio aos médicos-veterinários: a retomada das orientações básicas para que não ocorram transmissões entre tutores e seus pets

Desde o início da pandemia do Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19, profissionais e tutores foram expostos às dúvidas provenientes da incerteza. Aos poucos as pesquisas trouxeram respostas apropriadas de como manter a convivência sem riscos. Agora, um novo cenário se avizinha e, mais uma vez, as dúvidas surgem. Afinal, será que a variante Ômicron pode mudar a relação dos animais de estimação com os tutores?

O professor da Faculdade Qualittas, Dr. Harald Brito, nos ajudar a responder. Segundo ele, ainda é cedo para afirmamos que a nova variante vai ser determinante nesta relação afinal “não há respostas ainda nem para o impacto nos seres humanos”. De acordo com o professor, as pesquisas realizadas até o momento mostraram desde o início da pandemia, que o índice de transmissão é mais alto do tutor para o pet e não ao contrário. Mas ele alerta que a partir das novas mutações, como a variante Ômicron, o perigo aumenta, uma vez que pode ocorrer ampliação da capacidade de replicação do vírus nas células dos animais, dentre eles os pets.

Dessa maneira, os tutores devem ficar atentos com relação, principalmente, aos sinais respiratórios. Outra orientação é sempre saber se o animal teve contato com outros seres humanos que possam ter sido contaminado.  Por isso, segundo o professor, é hora de mais uma vez ficar atento aos cuidados de sempre: evitar contato com pessoas infectadas e reforçar as medidas de higiene. “São os cuidados básicos que evitam que o animal seja contaminado”, destaca.

Medicina Veterinária e o enfrentamento da pandemia

Dentre as inúmeras áreas que se destacaram ao longo do enfrentamento da pandemia está a Medicina Veterinária. Geralmente lembrado por cuidar de animais de companhia, a atuação do médico-veterinário vai muito além disso, tanto que o profissional é considerado da área de saúde por meio de resolução do Conselho Nacional de Saúde desde 1998. Isso significa que, além de atuar nas áreas de clínica médica e cirúrgica de pequenos e grandes animais, produção e reprodução animal, o médico-veterinário também está habilitado a prestar serviços na área da saúde humana. Tal atuação ocorre na Medicina Veterinária Preventiva.

O professor Harald Brito explica que o médico-veterinário é formado para atuar no chamado conceito de saúde única. “O médico-veterinário não olha apenas para a saúde animal, ele é um profissional que deve ampliar o olhar para a saúde pública também, até porque nossa função também é cuidar da saúde humana. Animais ficam expostos ao vírus e não foi diferente com o Sars-Cov-2, que é um vírus que veio dos animais e pode ser transmitido do humano para os pets”, exemplifica.  Outro exemplo é atuação em pesquisas, como nos estudos envolvendo vacinas.

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