Como migrar o seu estabelecimento para o e-commerce em meio à pandemia

Por Francis Flosi

Na virada de 2019 para 2020, ninguém imaginou que estaríamos enfrentando uma pandemia. Logo, essa iminente recessão ocasionada pelo o Covid-19 não estava no planejamento comercial desse ano.

O mercado brasileiro será afetado economicamente, seja com o aumento do custo de capital, impactando negativamente as ações empresariais, como a redução de crédito, atingindo fortemente o comércio de produtos e prestação de serviços veterinários.

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Entretanto, o isolamento social proporcionou o aumento do consumo on-line. Empresas com alto percentual de vendas virtuais, como a B2W, Mercado Livre e Magazine Luiza mostram que o e-commerce é a alternativa mais segura de manter o funcionamento da empresa durante a pandemia.

É tempo de usar a internet ao nosso favor. Precisamos usar todas as ferramentas disponíveis para atrair, informar e dispensar os nossos produtos e serviços aos nossos clientes. Para isso, existem oito estratégias para migrar o seu comércio local para o e-commerce: pesquisa, planejamento, produção, publicação, promoção, propagação, personalização e precisão.

Pesquisa

Lembre-se que o cliente deste novo século é baseado em tecnologia da informação e é muito mais proativo em função de ter as ferramentas para tal. O cliente tem acesso ao Google, ele assiste vídeos no YouTube sobre produtos e serviços, ele busca informações, opiniões em fóruns e nas redes sociais, ele também já faz reclamações e sugere alterações nos produtos por meio das redes sociais. Isto tudo acontece porque ele possui meios e porque quer interagir com o processo. Ele quer fazer parte realmente da sua experiência de compra. Ele busca significado de suas marcas de preferência no mercado.

Planejamento

O planejamento do e-commerce é um documento que conterá todas as fases do processo do seu negócio on-line. Este documento dever retratar desde o layout, palavras-chaves, redes sociais, links patrocinados até os resultados do Google Analytics. O planejamento do site de venda se transformará em uma plataforma de negócios.

Produção

A produção envolve a execução do site propriamente dito, no qual devemos estar cientes de que um e-commerce é um site comercial e não um catálogo de produtos. A produção se concentra na estrutura do site, suas funções e não trata ainda do conteúdo. A produção é o próprio site, ou hotsite, portanto envolve os programadores. Há também empresas que vendem plataformas e-commerce pronta, nas quais é só você adicionar os seus produtos para começar a vender, ou aplicativos de e-commerce para introduzir nas redes sociais do seu negócio. À exemplo disso, o QPlace é um e-commerce do grupo Qualittas voltado ao público médico-veterinário.

Publicação

Não adianta colocar um site no ar que não terá tráfego o suficiente para gerar negócios e receita que o justifique. Devemos mensurar o retorno sobre o investimento. Os clientes querem ver algo que diga respeito a eles, e não à empresa. O ideal é que o site gere tráfego para um relacionamento com várias vendas repetidas ao longo de todo o ciclo de vida deste relacionamento com o cliente. A publicação faz parte do processo de postar conteúdos continuamente para o aumento de tráfego de sua marca, seja no próprio site ou nas mídias sociais.

Promoção

Este tópico envolve as ações relacionadas à divulgação e comunicação do seu produto e serviço ao seu público-alvo. Apesar de que a palavra “promoção” remete frequentemente a ideia de descontos, essa aplicação ocorre quando há um novo produto entra no mercado ou quando o objetivo é esvaziar o estoque.

Entretanto, as ações de promoção que podem ser aplicadas para atingir o seu público-alvo são a propaganda, a publicidade, e-mail marketing, mala direta, copywriting, assessoria de imprensa e até mesmo links patrocinados. Enfim, promoção será qualquer a ação com intuito de divulgar o seu produto ou serviço ao seu público final.

Propagação

A propagação da empresa deverá desenvolver interação com a rede. A grande sacada é criar um bom relacionamento com desenvolvedores, jornalistas e influencers para que falem muito bem da sua empresa, dos seus serviços e produtos em suas próprias redes. Mas, também, a sua marca pode ser propagada em grande velocidade no velho esquema boca a boca (cliente a cliente) para uma boa reputação no mercado. É importante marcar presença em sites, principalmente no YouTube, já que é a segunda ferramenta de busca dos internautas depois do Google.

Personalização

A personalização não é baseada somente na forma de atendimento de cada cliente. É, também, oferecer o produto e serviço apropriado para cada consumidor.

Essa personalização é benéfica para o cliente, como também para o seu negócio. Um estudo mostra que a personalização das interações com o consumidor pode aumentar a receita em até 20% e reduzir os custos até 30%.

Precisão

Para este último item, serão necessárias ferramentas de mensuração que são encontradas no mercado, algumas até gratuitas, para extrair dados relevantes para a sua empresa. Estas ferramentas interpretam e transformam estes dados em informação, a fim de criar estratégias táticas ou passos a serem seguidos. Você verá quais palavras-chave geram contatos e vendas no Google, quais blogs ou sites estão trazendo visitantes e de onde aparecem os mais interessados.

Mas não pense que acabou aqui. Devemos repetir esses passos tudo de novo, pois é o ciclo contínuo do e-commerce – principalmente nesta difícil quarentena.

É claro que, ao introduzir novas ferramentas no seu negócio, novas oportunidades surgirão. Em tempos difíceis, a única forma de progresso é a reinvenção. Boa sorte e saúde a todos nós!

 

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