Castração de cães e gatos: entenda os benefícios

Castrar um animal, seja ele cão ou gato, gera muitas dúvidas para os tutores, que nem sempre ficam à vontade para realizar a cirurgia, temendo causar algum dano ao animal. No entanto, é importante entender os benefícios que a castração traz, como evitar crias indesejadas, a marcação de território, principalmente por parte dos machos, como também a prevenção de diversas doenças.

Segundo o Professor e Mestre Sérgio Santalucia, palestrante convidado do Instituto Qualittas nos módulos de cirurgia e emergências clínicas e cirúrgicas, a principal vantagem, de fato, é evitar crias indesejadas. Mas “quando uma gata ou cadela está no estro, ou seja, no cio, os machos tendem a procurá-la para cruzar, fazendo com que fujam de suas casas atraídos por feromônios liberados pela fêmea e briguem com outros cães/gatos por disputa de território. Sendo assim, castrando o animal precocemente, até os doze meses, evita-se essas fugas e lesões causadas por brigas, além disso, a castração antes do primeiro ano de vida dos machos diminui a marcação de território com urina, o que incomoda bastante os tutores de machos”, explica.

A castração também previne doenças, como piometrite (infecção de útero caracterizada pelo acúmulo de pus intra-uterino), hiperplasia endometrial cística, cistos ovarianos, pseudociese (gravidez psicológica), tumores mamários, ovarianos e uterinos nas fêmeas, tumores e hiperplasia de próstata, tumores no testículo nos machos. Além disso, “em ambos os sexos a castração evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como o TVT, tumor venéreo transmissível, bastante comum na rotina clínica de cães”, afirma Professor Sérgio Santalucia.

Apesar de todos os benefícios que a castração traz, é preciso seguir algumas recomendações, pois, quando se trata de filhotes, as fêmeas caninas e felinas devem ser castradas preferencialmente antes do primeiro cio, por volta dos 5 a 6 meses de idade, enquanto que os filhotes machos poderão ser submetidos à castração por volta dos 6 meses. No caso de animais adultos, eles podem ser castrados assim que adquiridos.

Quanto à cirurgia, Santalucia explica que o animal será submetido à anestesia geral para a castração. Nas fêmeas, será realizada uma incisão no abdome, adentrando nesta cavidade para fazer a retirada dos ovários e do útero que se encontram nesta região, o que faz a cirurgia ser mais complexa em relação aos machos, exigindo mais cuidados pós-operatórios por parte dos tutores. Por isso, esses cuidados são extremamente necessários e devem ser seguidos a risca pelos tutores. “É muito importante que os animais tomem a medicação prescrita pelo médico-veterinário para controlar a dor e a inflamação, bem como utilizem roupa cirúrgica ou colar elizabetano até a retirada dos pontos. Os tutores precisam limpar a sutura pelo menos uma vez ao dia com solução fisiológica Nacl 0,9% para manter a higiene dos pontos. Também é imprescindível que as fêmeas façam repouso, para isso é importante que o espaço onde fiquem seja limitado. Por volta dos 10 a 14 dias de pós-operatório o animal deverá voltar à clínica veterinária para fazer a retirada dos pontos de pele”, diz.

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