Brasil recebe Certificado de livre da Febre Aftosa

No dia 24 de maio, a 86º reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, conferiu ao Brasil a certificação de livre da febre aftosa. Agora, todo território nacional tem o mesmo status sanitário, sem vacinação, como já ocorria em Santa Catarina. Com esse efeito, as perspectivas para o setor são promissoras, uma vez que se abrem possibilidades de uma maior participação do mercado da carne bovina do Brasil em países que até então não compravam essa mercadoria brasileira.

A institucionalização da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, em 1963, originou o Programa de Combate à enfermidade, com início da cobertura vacinal pelo Rio Grande do Sul e completada, por todo território nacional, em 1975.

O professor da Qualittas e assistente agropecuário VI da Secretaria da Agricultura de São Paulo, Valdecir Vargas Castilho prevê melhorias no setor pecuário. “Ao pecuarista a certificação traz, de imediato, um menor custo de produção, vez que deixa de aplicar compulsoriamente um dos insumos, diminuindo a concentração de animais em mangueira e, consequentemente, minimizando o risco sanitário” afirma.

Ainda que a certificação se refira a um programa sanitário em bovinos, a conquista pode trazer reflexos positivos na comercialização de suínos, pois alguns países só compravam a carne suína processada, sem osso.

Também há a possibilidade de reflexos positivos na comercialização de carne de aves, pela credibilidade da OIE, embora alguns casos pontuais, como aquele que ocorreu recentemente com a constatação de salmonelas no produto, tenham arranhado a imagem da inspeção sanitária, o modelo brasileiro de inspeção dos produtos de origem animal continua sendo um dos melhores do mundo. Castilho afirma que para sair da crise atual, acarretada pela paralisação dos transportes, esse certificado assegura que a exportação dessas commodities é a saída para a tensão econômica. “Para sair da crise o setor terá que exportar, tão logo normalize essa situação de transporte que afetou a produção” explica.

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