A pata Margarida, de apenas três meses, teve sua patinha amputada devido ao acidente com um fio de cabelo que agarrou seu membro e cortou a circulação. A especialista em animais silvestres e exóticos de Belo Horizonte/MG, a médica-veterinária Marcela Ortiz conta ao G1 que o membro já estava necrosado e para não submeter à eutanásia, ela fez uma prótese em uma impressora 3D para o filhote.

Marcela fala que se não interviesse, o animal não poderia mais nadar, interrompendo uma parte crucial de seu ciclo de vida, o filhote estaria fadado à eutanásia.  Como solução, a médica-veterinária tentou, primeiramente, fazer uma placa de papel EVA em casa. Ela conta que no momento em que testou o material, Margarida já estava andando toda contente.

Uma estagiária de uma faculdade de Belo Horizonte apresentou à Marcela uma impressora 3D. Natália Romagna Rodrigues, técnica em modelagem da Fab Lab Newton, em compaixão ao animal, ajudou a realizar um modelo melhor, sob a supervisão de Carla Werkhaizer. Segundo a médica-veterinária Marcela Ortiz, a impressora 3D do Centro Universitário Newton Paiva é um modelo ainda difícil de encontrar no Brasil.

Com a ave ainda em fase de crescimento, será necessário fazer um novo molde a cada três semanas. No dia 23 de agosto, Margarida nadou pela primeira vez, com a prótese feita de silicone.

A pata, por enquanto, está se adaptando bem e ganhando musculatura para não se afogar. A expectativa é que o animal retorne para seu hábitat em breve.

(Fonte: Portal de notícias G1)