O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse em entrevista a jornalistas estrangeiros que a Operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal, desencadeou um processo de auditoria estendido a todas as plantas de abate e também motivou mudanças que estão em curso. Segundo ele, inovações estão sendo implantadas no sistema de inspeção veterinária do país.
Cerca de 600 plantas que realizam abates, de 5 mil autorizadas pelo governo federal, passaram por um processo de fiscalização. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Luis Rangel, houve trocas de comando e inspeção mais ampla em todas as áreas de produção “para checar o funcionamento”. O MAPA também vai ampliar o quadro de profissionais da área com novas contratações.
O governo está incorporando práticas de controle já testadas nos Estados Unidos e na União Europeia para aumentar a segurança e a confiança nos produtos brasileiros, diz Luis Rangel. Nos Estados Unidos, o modelo é o de análise de riscos, com avaliações à exposição a agentes patogênicos, adoção de medidas de manejo e comunicação permanente entre todos envolvidos no processo de produção. Já o modelo europeu prevê reposicionamento do quadro que trata de inspeção e a inclusão de figuras complementares, como agentes oficiais.
O secretário destaca que procedimentos híbridos e mais sofisticados devem vigorar até o fim do ano.
(Fonte: MAPA)