Páscoa: cuidado com os pets e os chocolates

A Páscoa é uma festividade religiosa marcada pela crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, no entanto, um dos símbolos dela é o coelho, por simbolizar o nascimento e a nova vida. Por conta disso, os ovos de chocolate foram inseridos nesta festividade, devido a capacidade de reprodução dos coelhos. Mas, e o que isso tem a ver com os pets? A ligação está na tradição em se saborear ovos de chocolate nesta época do ano e isso, por algum motivo, ser oferecido também aos cães e gatos, causando danos a eles.

O Professor e Doutor Luciano Trevizan, palestrante convidado na Pós-Graduação de Nutrição de Cães e Gatos do Instituto Qualittas, explica que chocolate não é doce para cães e nem para gatos, pois foi feito para humanos. “A teobromina é uma substância presente no chocolate e que pode intoxicar cães, por não apresentarem capacidade para metabolizar tal substância. Portanto, se sentir vontade de presentear o animal de estimação na Páscoa com algo que remeta ao coelho, dê a ele uma cenoura”, afirma Doutor Luciano, reforçando que as cenouras possuem fruto-oligossacarídeos, que beneficiam o intestino do animal.

Os açúcares, de maneira geral, são consumidos por qualquer espécie onívora, animais que podem consumir tanto carne quanto vegetais, como os cães, por exemplo. Já os gatos, consomem quantidades insignificantes de açúcares em sua dieta. No entanto, estes açúcares são provenientes de alimentos naturais e, nas dietas comerciais, estão presentes nos ingredientes e são bem digeridos tanto por cães quanto por gatos. “Estas duas espécies apresentam capacidade significativa para digestão e metabolização de açúcares das dietas, que contribuem apenas com energia, não sendo essenciais”, esclarece.

Além da época da Páscoa, se a ideia é dar alguma recompensa alimentar ao pet, a recomendação do Doutor Luciano Trevizan é oferecer petiscos específicos para cada espécie, preferindo os que são feitos à base de carnes, pois são nutritivos e agregam-se à dieta. Além disso, os petiscos também não devem ser oferecidos à vontade, mas de maneira controlada. “A gula e a dominância fazem parte da vida dos cães e implorar por alimento pode ser um comportamento exibido por um destes dois fatores. Portanto, o controle da alimentação dos pets deve ser feito pelos tutores, que devem alimentá-los com boas dietas e prescindir que os animais comam a quantidade certa de alimento para manter um bom escore de condição corporal. Isso prolonga a vida deles!”

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