Carne bovina: exportação brasileira é favorecida com queda de rebanho australiano

As exportações de carne bovina brasileiras em 2017, especialmente à China, podem ser favorecidas com a queda da exportação australiana, pois, até o mês de outubro de 2016, o rebanho australiano diminuiu 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, indo para 26,1 milhões de cabeças, um dos mais baixos da história do país, de acordo com dados do MLA (sigla em inglês de Meat and Livestock Australia – Carne e Pecuária Austrália).

A pecuária australiana vinha passando por um ciclo de retenção de animais, com pico em 2013, quando o país contava com 29,2 milhões de cabeças, ainda segundo o MLA. Porém, a forte seca que atingiu o país em 2014 forçou produtores a elevarem o escoamento de animais para o abate, resultando nos atuais baixos volumes de rebanho. Esse aumento da oferta em 2014, inclusive, ocasionou recorde de produção e de exportação. Em 2014, a Austrália produziu 2,59 milhões de toneladas de carne e 1,28 milhão de toneladas foram exportadas.

No ano passado, as exportações australianas à China, especificamente, caíram fortes 32,5% frente ao ano anterior, enquanto os embarques brasileiros ao país asiático aumentaram 15% na mesma comparação. No correr do ano passado, o maior volume mensal embarcado pelo Brasil à China foi observado em outubro, de 21 mil toneladas, mês em que a quantidade exportada pela Austrália ao país asiático caiu 44% em relação à de igual intervalo de 2015. Os principais destinos da carne australiana são Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e China.

Já no Brasil, no ano passado, o Real mais valorizado e a diminuição na demanda de alguns países limitaram os embarques brasileiros da carne. Conforme divulgação da Secex, foram 1,076 milhão de toneladas de carne in natura exportadas pelo Brasil em 2016, volume 0,3% inferior ao de 2015.

Apesar da Austrália ter um rebanho do tamanho do estado do Mato Grosso, está entre os três maiores exportadores mundiais de carne bovina, atrás do Brasil e à frente dos Estados Unidos. Enquanto os australianos embarcam praticamente metade de sua produção, o Brasil exporta, em média, apenas 20%.

 

(Fonte: ACRIMAT)

Facebook

Arquivos

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*


Mais artigos